
Carlos Albino
Flagrante dever da quadra: Votos de Feliz Natal e Bom Ano Novo a todos os leitores que acompanham estes apontamentos há 242 semanas.
Flagrante dever da quadra: Votos de Feliz Natal e Bom Ano Novo a todos os leitores que acompanham estes apontamentos há 242 semanas.
Flagrantes omissões: É claro que, nos convites para o meu presépio, houve três esquecimentos perdoáveis, mas a eurodeputada Jamila Madeira também está convidada para ver aquele bom mundo – a sua persistência e tenacidade acabaram por se impor como boa estrela política quando a julgávamos apenas atrelada aos reis magos. E por razões de proximidade, convites também para Seruca Emídio e José Apolinário.
Flagrante estado de alma: O conforto de espírito por armar o Presépio na tradição herdada de meu pai – em pedra, com água e movimentos. Para além das crianças que conheço e das que me dão a conhecer, estão convidados, para uma vista de olhos, os deputados pelo Algarve designadamente Jovita Ladeira, Mendes Bota e Hugo Nunes. A casa não é grande, mas gente de boa vontade cabe toda.
Flagrante falta: A da celebração dos 50 anos dos males e omissões da RTP.
Flagrante adopção: A ligação das 2500 lâmpadas de Natal no Refúgio Aboim Ascensão, às 16 horas e 45 minutos de sábado, 1 de Dezembro, em Faro. É de ver porque significa muito.
Flagrante actor: Correia de Campos
Flagrante cena de desenvolvimento: Com o encerramento da fábrica de Loulé será que o turismo deixou de consumir cerveja, ou anda outro negócio atrás disso?
Flagrante coisa positiva: O portal-piloto Algarve Digital, embora tenha muita parra e pouca uva em função da prioridade que foi a alma do projecto – um ponto de encontro, inteligível para os utilizadores, entre a administração central e autárquica (sic).
Flagrante economia regional: É mais difícil encontrar uma empresa algarvia entre as mil maiores empresas do País, do que uma agulha no palheiro.
Flagrante advertência: As represálias de professores sem escrúpulos sobre professores escrupulosos, estão a exceder as marcas… Algum dia, isto virá ao de cima.
Flagrante despiste: Se para requalificar a 125 não for promovido um debate público regional que não é o mesmo que somatório de duvidosas ideias de dubitativa meia dúzia de autarcas que raramente têm uma dúvida.
Flagrante comparação: A política algarvia está para a música clássica assim como a filarmónica de Paderne está para Orquestra do Algarve.
Flagrante falta de espaço: Para se falar da
magnífica obra arquitectónica de Gonçalo Vargas, na ilha da Deserta/Barreta, 24 páginas seriam poucas mas duas linhas bastam para chamar a atenção.
Flagrante paraíso fiscal: Pagar ou receber a
dinheiro vivo, num enorme contributo para a transparência dos
impostos.
Flagrante conta: Se cada português paga mensalmente 36 euros à RTP de mão beijada, os algarvios pagam por ano dois milhões de euros – compensa com o que a RPT faz no Algarve quando não há raptos no litoral e incêndios no Caldeirão?
Flagrante peça de estimação: A chave da igreja da Praia da Luz, Ámen.
Flagrante expectativa: Pelo balanço rigoroso do programa Allgarve.
Flagrante debandada: Numa gala de beneficência em Vilamoura, a Primeira Dama saiu cumpridos os discursos e foi a mesa de honra ficou um deserto. Provincianismo é isso.
Flagrante coincidência: Um responsável do PSD encontrou-me e disse-me: «Você diz coisas que eu penso e com que concordo mas que eu não posso dizer publicamente. Obrigado.» No da seguinte, um responsável do PS, trocando-se por acaso comigo, abriu a conversa assim: «Obrigado! É importante que haja alguém que diga as coisas que você diz, com as quais concordo plenamente mas que não posso dizer publicamente.» Coincidência, não é? Falta-ma ouvir o CDS, o PCP e o Bloco, porque estou em crer que até nestes haverá gente que não pode dizer publicamente o que pensa…
Flagrante tristeza: Na verdade, trazer ao Algarve arte contemporânea sem textos de enquadramento e sem adequadas notas explicativas é mesmo cultura do género do despacha que o cheque já foi passado e tem cobertura. Tanto comissário nem se sabe para quê.
Flagrante espectáculo: Macário a cantar o hino do Algarve se é que sabe a letra de cor e salteado.
Flagrante pesca: Se o bispo de Aveiro pode ir pregar para as praias, porque é que o Governo não haveria de pregar aos peixes no Algarve? Não é tudo uma questão de isco?/span>
Flagrante capitania: A propósito do mais recente episódio do achamento da nau Santa Mercedes, porque não se elabora um livro branco sobre o património arqueológico marítimo do Algarve?
Flagrante mergulho: Mas ainda haverá património arqueológico subaquático no Algarve, depois de tanta pilhagem impune e pela calada, a dar livro de ficção? Porque não um livro branco sobre a matéria? Há medo?
Flagrante surpresa: Sentia-me bem, nem sabia porquê. Mas foi preciso que Loulé atribuísse a título póstumo a Medalha de Ouro do Município ao arquitecto Manuel Laginha (1919.1985) para ficar a saber que a casa onde vivo em Lisboa, na frente Norte da Avenida Estados Unidos da América, afinal foi arquitectada por ele... E não é que surpreendentemente me sinto melhor?
Mau presságio? Oxalá que não seja, está nas mãos da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima. Ler comentário → AQUI
Flagrante confidência: Não é por acaso que aí está lançado o blogue ESTADO do ALGARVE, ainda em passos iniciais ( em http://www.estadodoalgarve.blogspot.com/) mas que é um bom título para o que der e vier. Adivinhem…
Flagrante prova: A de que o Algarve não é alvo privilegiado de ataques de terrorismo… Nunca se viu, seria um paradoxo, terroristas prepararem bases num alvo.
Por certo alguns dos leitores repararam que as SMS completaram quatro anos a 15 de Maio. E tanto que repararam que não foram poucos os que nos enviaram e-mails com mensagens que nos sensibilizaram e agradecemos. A bem da verdade, nós nem demos pelo tempo das 215 semanas que passaram desde 2003 e em que fomos tentando dar vida ao velho género jornalístico do «apontamento» que alguns, com quem aprendemos, felizmente cultivam e perpectuam como flashes que são onde o efémero do quotidiano se cruza com alguma ironia e remata com alguma certeira conclusão, explícita ou meramente sugerida. Não há mais pretensões para além disto e não gostamos dos grandes sermões que proporcionam o aumento fácil do número de amigos mas apodrecem aquela convivência que por vezes não passa de cemitério de amizades.
Em momento de forçosa avaliação, é lícito admitirmos que foram mais as verdades que os erros. Se para as verdades não se pede desculpa, já quanto aos erros há que ter presente aquele preceito de Rabindranath Tagore segundo o qual "se fechares a porta a todos os erros, a verdade ficará de fora".
Obrigado a todos os que, por mera curiosidade ou por declarado interesse pelo debate das questões algarvias têm acompanhado as SMS nestes quatro anos.
Carlos Albino
Flagrante boa iniciativa: A televisão on-line RTValgarve que pode ser vista e ouvida em http://www.rtvalgarve.pt/
Flagrante pergunta: Onde fica o aeródromo de apoio ao Aeroporto Internacional de Faro?
Flagrante incompatibilidade: Entre um Jornalista e um Moço de Recados.
Flagrante falha: António Pina deixa o cargo de governador civil sem publicar a lista dos cônsules honorários no Algarve. Não por culpa de António Pina - segundo consta, haverá muito honorário que prefere andar pela calada e não levantando ondas.
Flagrante consenso: O que António Pina recolhe para a RTA. Quando há consenso, muita prosápia acaba.
Flagrante ignorância: A de quem se pronuncia contra ou a favor da autonomia administrativa, mas sobretudo contra, confundindo os conceitos de desconcentração, descentralização e regionalização, e, ignorância mais grave, contrapondo autonomia administrativa à organização municipal. É o problema das licenciaturas apressadas…
Flagrante interrogação: O que é que os municípios algarvios têm feito preventivamente para se travar os indícios da crescente delinquência juvenil associada ao insucesso escolar e ao desenraizamento social e cultural?
Flagrante pergunta: O mar não vai subir no Algarve? Quanto subirá pela certa até 2050? Quem irá pagar os diques pelas asneiras de hoje?