Os seis deputados do PS entenderam proclamar que, em matéria de investimentos da administração central para 2008, o Algarve «não tem razões de queixa». Não sei se falaram para os eleitores que representam, se para o governo que devem ou deveriam escrutinar, independentemente da simpatia política, ou se falaram apenas porque tinham que dizer alguma coisa fosse o que fosse. Em todo o caso foi uma proclamação perigosa, embora politicamente confortável para os próprios.
Naturalmente que o Algarve tem sobejas razões de queixa em matéria de transportes e vias públicas (não basta requalificar a 125 e sabe lá Deus quando!), de segurança, de saúde, de educação, de cultura, de ambiente, de requalificação urbanística… por aí fora. Mas, uma coisa é dizer-se que não há dinheiro ou que o dinheiro é pouco, outra é representantes afirmarem numa democracia representativa que não há razões de queixa, assim mesmo, como quem diz sem rei nem roque – porque não te calas?
É muito preocupante, para não dizer que é de mau tom, que representantes façam o papel de delegados. Mau prenúncio para a noção de Algarve e de representação do Algarve.
Carlos Albino
Flagrante adopção: A ligação das 2500 lâmpadas de Natal no Refúgio Aboim Ascensão, às 16 horas e 45 minutos de sábado, 1 de Dezembro, em Faro. É de ver porque significa muito.
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