Não sei porquê, mas parece que os algarvios não devem ter queda para a diplomacia. A propósito de um encontro anual minuciosamente preparado por um embaixador algarvio no activo, ocorreu contar os diplomatas cá da terra – não chegam aos dedos da mão. É claro que esta é uma daquelas coisas de que nenhum governo é culpado e de que nenhum partido é responsável. Mas abriu uma pista de reflexão – na verdade o Algarve, a sociedade algarvia e as suas poucas e frágeis instituições vivem como de costas viradas para as relações internacionais, quase ao avesso da política externa e como se a actividade diplomática e a acção política externa do Estado fossem coisas longínquas e com as quais o Algarve não tem nada a ver. Desde o Pai Adão que não há uma jornada, um seminário, uma conferência que seja sobre tais matérias, pelo que como as águias não geram pombas, também só por acaso deste ninho pode nascer um diplomata. Já era tempo da Universidade pública do Algarve ou algum instituto superior privado pensarem no assunto e mobilizarem a sociedade.
Carlos Albino
Flagrante tristeza: Na verdade, trazer ao Algarve arte contemporânea sem textos de enquadramento e sem adequadas notas explicativas é mesmo cultura do género do despacha que o cheque já foi passado e tem cobertura. Tanto comissário nem se sabe para quê.
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