São oito os presépios armados em áreas de serviço da rede de auto-estradas da Brisa, portanto o Algarve não conta, muito embora a Via do Infante não esteja nas mãos do rei Herodes. Os de Almodôvar e Aljustrel são os que mais perto estão cá da terra, mas há também os de Santarém, Leiria, Penela, Cantanhede, Trofa e Barcelos. Os presépios estão a votos e até dia 24 e conforme o presépio vencedor, o município da área ganhará um mini-bus para transporte de passageiros. É uma boa prenda e trata-se de uma boa ideia porque, para além de recolocar honra e dignidade na velha tradição portuguesa do Presépio, é uma daquelas simples e fáceis iniciativas que estão na linha da recuperação da sensibilidade e do humanismo perdidos. Naturalmente que muito gostaria que o rei Herodes não tomasse a Via do Infante e mais gostaria que os municípios do Algarve olhassem para a bela tradição dos presépios como coisa de eleição – o presépio é um dos poucos traços de união entre crentes, não crentes e indiferentes. Sobretudo os municípios que estão a promover a importação de tradições que em nada nos dizem respeito, como o dia das bruxas, fazendo aqui o mesmo ou coisa semelhante que outrora se promovia em Angola - forçar os meninos negros a dançarem o vira do Minho ou o fandango... Vem na mesma linha.
Carlos Albino
Flagrantes omissões: É claro que, nos convites para o meu presépio, houve três esquecimentos perdoáveis, mas a eurodeputada Jamila Madeira também está convidada para ver aquele bom mundo – a sua persistência e tenacidade acabaram por se impor como boa estrela política quando a julgávamos apenas atrelada aos reis magos. E por razões de proximidade, convites também para Seruca Emídio e José Apolinário.
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