Sempre que o movimento de Verão se aproxima, a segurança é a questão. A GNR que no Algarve é generalizadamente o recurso do cidadão para socorro, como está ou como pode actuar, com as condições e meios de que dispõe, a bem da verdade não pode fazer mais – alguns pequenos mas importantes quartéis não dispõem, por exemplo, de sistema autónomo de energia ao menos para alimentar os telefones, ficando incontactáveis se a emergência coincidir com o corte… Um exemplo, pequeno exemplo apenas.
Se nas cidades e vilas, a falta de patrulhamento é notória, nos campos é pior com o crescendo já verificável das pilhagens a casas, assaltos violentos a residentes indefesos e a transformação de recônditas estradas municipais em locais de tráfico de droga segundo calendários e truques ou estratégias sem dúvida delineadas para trocar as voltas à Polícia Judiciária e à GNR mas que as populações conhecem e sentem na pele.
Naturalmente que é impensável que o Estado possa colocar um polícia atrás de cada criminoso, até porque é impossível saber-se quantos criminosos há e quais são eles. E é também impossível que deva colocar um guarda junto de cada cidadão, sobretudo um guarda acordado enquanto o cidadão dorme. Já é defensável que as polícias, nas zonas persistentemente e consabidamente críticas, operem de forma eficaz, sustentadas por informações fiáveis e dispondo de um mapa da insegurança do Algarve que devia ter mapa. Mas infelizmente associa-se o Verão mais à caça à multa e menos à caça ao bandido. Ora, Rui Pereira depois de António Costa tenha lá santa paciência mas as brigadas de trânsito apenas proporcionam um Algarve mais transitável – não o fazem mais seguro.
Carlos Albino
Flagrante pergunta: Onde fica o aeródromo de apoio ao Aeroporto Internacional de Faro?
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