1 Junho 2006
A Associação de Municípios Loulé/Faro, que é uma pessoa colectiva de direito público, gere, como se sabe o Estádio Algarve o qual, bem vistas as coisas, é um elefante branco e também a bandeira do chamado Parque das Cidades. Por sua vez, este Parque (225 hectares) foi atirado aos olhos da população como «um projecto estruturante para o Algarve» que iria albergar «importantes infra-estruturas complementares ao Estádio», enumerando-se um Complexo Desportivo, um Centro de Congressos e um Hospital Central. No pressuposto de que o elefante não iria ser branco por muito tempo mas colorido de promessas políticas, acrescentou-se ainda que o Parque iria dar guarida a um Jardim Botânico e a um Circuito de Manutenção, rematando-se as promessas com aquele fórmula que apenas engana algum analfabeto distraído que tenha entrado ilegalmente no Paraíso – a fórmula das «outras valências de carácter lúdico, desportivo e didáctico»… Creio que para este Parque e para esta Associação intermunicipal que possui um conselho de administração bem pago, muito bem pago para o que faz e pode fazer, chegou a hora da verdade, porque o elefante branco já é, pior será se vier a ser incolor. Diremos mais, na próxima semana. O que recentemente se passou à volta da escolha do «presidente do conselho» afinal do Parque, justifica mais umas linhas até porque o elefante é uma pessoa colectiva de direito público e não propriamente uma caixa de correio de mordomias.
Carlos Albino
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