Símbolo político, claro,
não falemos de outros símbolos que não se percebe muito bem a razão porque
caíram em desuso a troco de uma chaminé da Mealhada. Quando havia governador
civil, o símbolo era esse muito embora sem peso e correspondendo a uma figura
faz de conta. Agora nem isso há. A AMAL não deixou de ser uma corporação de
municípios – grémio, se a sua maioria está em sintonia com o governo, sindicato
se eventualmente ganha a cor da oposição. Além disso, vai sendo o que os
decretos de Lisboa determinam: nascida
em 1992 como associação, convencida como Grande Área Metropolitana em
2004 e convertida em Comunidade
Intermunicipal em 2008. Conforme o governo, assim a AMAL belisca ou vai na
procissão, e quer nos beliscões ou na procissão, não lhe tem custado nada dar o
dito pelo não dito, consoante a conveniência. Não é símbolo político do Algarve
porque também não conduz ao reconhecimento do que é o Algarve e do que o
Algarve possa sentir. Quando muito é um caleidoscópio de autarquias, agita-se e
as cores são sempre as mesmas embora as figuras geométricas sejam diferentes em
função das eleições autárquicas ou legislativas. Fora disso, há a Comissão que,
como comissão que é, é dirigida por um comissário e não mais que isso. Longe
também de ser um símbolo de poder político, poder no sentido de voz com força
moral e que se faça ouvir em Lisboa quando for necessário e justificável ou que
os algarvios reclamem. É claro também que temos por aí uma direções regionais
que apenas são notadas nos dias de festa pela frota de carros estacionados ou
nos dias de trabalho pela aplicação de medidas, pela distribuição de subsídios
e compensações cada vez menos e por uns pareceres que ora parecem ora desaparecem.
Tomara estas terem funcionários zelosos porque a sua função não é a de serem
símbolos políticos. Restam os deputados de quem já muito temos falado, os
quais, salvo honrosas exceções, tomara eles também usufruírem dos prazeres da
legislatura. Ou condicionados pela disciplina partidária, ou tolhidos pela
agenda igualmente partidária, no seu todo não se lhes nota que sejam a voz
plural da região, com tal autoridade no fórum parlamentar que, antes de abrirem
a boca. se ouça nas bancadas - “Atenção
ao assunto que é o deputado do Algarve que vai falar!”
Carlos Albino
Carlos Albino
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Flagrante conveniência: A da Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) tirar isso a limpo e rapidamente, porque é a imagem da região que está em causa. É um espetáculo nada digno.
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