Os partidos, melhor, as alas regionais dos partidos estão num compasso de espera – ou por eleições internas, ou por medida de forças na perspectiva das listas para autárquicas e legislativas, é normal. Além disso, o verão aí vem, com tudo o que é formiga a trabalhar para armazenar o mais possível nesse curto espaço de tempo que não dá muito para pensar. Os burocratas não querem complicações, vão fazendo o dia a dia, sendo importante para a sua sobrevivência o não levantar ondas e ir cumprindo a maré. Já há muito que não debate de ideias e não será este o momento mais oportuno para se discutir como deve ser o Algarve, sobre o Algarve que se quer, um projecto para o Algarve. É claro que, à falta de motivos, por ora, com portagens, e, mais ou menos esbatidos os pretextos com a saúde, fala-se da lâmpada fundida na esquina da rua, da estrada que se faz ou não se faz ou porque não se fez, da urbanização a mais ou a menos, do feitio deste ou daquele, ou então fazem-se exercícios esotéricos, lições de moral, dissertações sobre costumes. Pouco mais. É desencorajante.
Carlos Albino
- Flagrante apresentação: A do programa Allgarve, em Paris, pelo secretário de estado do Turismo, Bernardo Trindade, esta semana. Como é que ele traduziu Allgarve para francês?
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