6 Julho 2006
Vem a propósito: o seleccionador dos célebres Magriços, Manuel da Luz Afonso, era de Loulé, terra que tem dado ao País políticos, engenheiros, literatos e militares de nomeada. No desporto, anos a fio, esse louletano tem sido uma referência incontornável, mas, até agora, a sua terra não lhe fez a homenagem adequada e devida. Creio que nenhum dos Magriços sobreviventes recusaria estar em Loulé para uma evocação condigna, designadamente Simões e Eusébio.
Na verdade, vendo o panorama, Manuel da Luz Afonso foi a personalidade ímpar louletana que mais se notabilizou na área desportiva, pelo seu carácter firme, digno e correcto, pelos seus testados conhecimentos e pelos insofismáveis feitos. Ele fez uma escola que galvanizou gerações de desportistas.
Não sei, então, porque é que Loulé espera para dar o nome de Manuel da Luz Afonso ao belo Pavilhão Desportivo da cidade.
Seruca Emídio tem a palavra para que Loulé salde de vez a dívida. Uma grande dívida. Pelo meu lado, gostaria de chegar ao fim daquela avenida e ler em letras de gente agradecida – Pavilhão Manuel da Luz Afonso, seleccionador dos Magriços. E já agora, porque há dinheiro para tanta criancice, não me repugnaria ver, num recanto arrelvado, um grupo escultórico com o Manuel da Luz Afonso de braço erguido, com os 11 Magriços cada um na posição de campo… Eusébio e Simões, de certeza, fariam de Loulé paragem obrigatória. Estou para ver.
Carlos Albino
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