quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

SMS 445. O ano que passou e o tal prémio

12 janeiro 2012

Quanto ao ano que passou. Agora que 2011 está enterrado, pois que coisas marcantes ficaram? Claro que para cada cabeça a sua sentença, mas olhando para trás há quatro registos algarvios que devem ficar, a saber:
1 – Primeiro, duas intervenções que não deviam cair em saco roto. Uma de André Jordan que numa entrevista a Sofia Cavaco Silva, neste jornal (junho), de uma penada, fez o retrato do Algarve que devia ser e não é, designadamente quanto a aposta na Cultura (sim, letra maiúscula). Outra de António Rosa Mendes que com toda a frontalidade e como que pedrada no charco, disse sobre a mesma Cultura o que não devia entrar por um ouvido e sair pelo outro.
2 – O facto do Colégio Internacional de Vilamoura surgir a liderar o ranking nacional das escolas secundárias, com todo o mérito para o seu diretor carismático, infelizmente e precocemente desaparecido, Renato Costa. Que a sua obra continue.
3 – Terceiro registo para o facto da Universidade do Algarve ter sido seleccionada como a única parceira portuguesa do Programa Campus de Excelência Internacional do Mar com as universidade de Cádis e Abdelmalek Essaâdi (Marrocos) quando, desde há muito, tanta gente gostaria de ver a universidade da região a liderar os estudos do mar em Portugal porque esse é o seu horizonte natural e imperdível.
4 – Por último, o sismo político com epicentro no diretório provinciano do PS, que levou à eleição de quatro deputados do PSD, dois do mesmo PS, um do PCP que desde 1991 fazia uma travessia no deserto e um do CDS a quem não fica mal um naturalizado de luxo. Lição que ficou para os da derrocada e responsabilidade acrescida para Mendes Bota que vai no seu sétimo fôlego.

Quanto ao tal prémio, como há anos vem sendo habitual, o júri do Prémio SMS de Jornalismo reuniu no Dia de Reis e, com unanimidade e à primeira volta, decidiu atribuir o prémio relativo a 2011, à jornalista Conceição Branco, a mãe e elo mais forte do Observatório do Algarve que já é obra e pombo-correio online de muita gente. Merece.

Carlos Albino
________________
Flagrante tristeza: Sim, o alojamento no Algarve apresentou uma taxa de ocupação média de 20,3% e uma quebra de 11,1% relativamente a dezembro de 2010, o pior resultado dos últimos 16 anos. Os agradecimentos por esta tristeza devem ser dirigidos ao Turismo de Portugal que não faz nem deixa fazer.

Sem comentários: