Quanto ao ano que passou. Agora que 2011 está enterrado, pois que
coisas marcantes ficaram? Claro que para cada cabeça a sua sentença, mas
olhando para trás há quatro registos algarvios que devem ficar, a saber:
1 – Primeiro,
duas intervenções que não deviam cair em saco roto. Uma de André Jordan que numa entrevista a Sofia Cavaco Silva, neste jornal
(junho), de uma penada, fez o retrato do Algarve que devia ser e não é,
designadamente quanto a aposta na Cultura (sim, letra maiúscula). Outra de António Rosa Mendes que com toda a
frontalidade e como que pedrada no charco, disse sobre a mesma Cultura o que
não devia entrar por um ouvido e sair pelo outro.
2 – O facto do
Colégio Internacional de Vilamoura
surgir a liderar o ranking nacional das escolas secundárias, com todo o mérito
para o seu diretor carismático, infelizmente e precocemente desaparecido, Renato Costa. Que a sua obra continue.
3 – Terceiro
registo para o facto da Universidade do
Algarve ter sido seleccionada como a única parceira portuguesa do Programa
Campus de Excelência Internacional do Mar com as universidade de Cádis e
Abdelmalek Essaâdi (Marrocos) quando, desde há muito, tanta gente gostaria de
ver a universidade da região a liderar os estudos do mar em Portugal porque
esse é o seu horizonte natural e imperdível.
4 – Por
último, o sismo político com epicentro no diretório provinciano do PS, que
levou à eleição de quatro deputados do
PSD, dois do mesmo PS, um do PCP que desde 1991 fazia uma travessia no
deserto e um do CDS a quem não fica mal um naturalizado de luxo. Lição que
ficou para os da derrocada e responsabilidade acrescida para Mendes Bota que vai no seu sétimo
fôlego.
Quanto ao tal prémio, como há anos vem sendo habitual, o júri do Prémio SMS de Jornalismo reuniu no Dia
de Reis e, com unanimidade e à primeira volta, decidiu atribuir o prémio
relativo a 2011, à jornalista Conceição
Branco, a mãe e elo mais forte do Observatório do Algarve que já é obra e
pombo-correio online de muita gente. Merece.
Carlos Albino
Carlos Albino
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Flagrante tristeza: Sim, o alojamento no Algarve apresentou uma taxa de ocupação média de 20,3% e uma quebra de 11,1% relativamente a dezembro de 2010, o pior resultado dos últimos 16 anos. Os agradecimentos por esta tristeza devem ser dirigidos ao Turismo de Portugal que não faz nem deixa fazer.
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