17 junho 2010
Olhando para as atividades dos deputados eleitos pelos eleitores algarvios, o panorama é confrangedor. As iniciativas respeitantes cá à terra, são escassas; os requerimentos, salvo um ou outro, são como lã para encher almofadas e por vezes não passam de pretextos oferecidos ao requerido; as perguntas, em grande parte, parecem ser do âmbito de assembleias municipais ou menos do que isso – de assembleias de freguesia; quanto a nomeações de relatores, contam-se pelos dedos os de assunto com peso e interesse direto e útil para a região; quanto ao trabalho em comissões, parlamentares, é o cumprir de agenda e pouco ou nada mais; quanto a intervenções em plenário, pouco há a registar, mesmo nas matérias que à partida estariam talhadas para galvanizar o debate público na região (público, e não meramente o que serve ao jogo partidário); sobre atividade em delegações permanentes ou eventuais, há por aí bastante turismo político lá fora e cá dentro mas que também pouco ou nada tem a ver com o Algarve; quanto a audições e audiências, é uma pobreza de agenda; quando a deslocações, não levem a mal, mas as que ao Algarve dizem respeito, parecem missões de escuteiros. É claro que há deputados com muito mais parra que outros e outros alguma uva, independentemente da parra. Mas o panorama é confrangedor e, com algum tempo e paciência (mais paciência que o tempo), iremos apreciar cada um dos eleitos que estão em funções, pois a cada um eles poderemos dizer: «Assim se vê a força de você...”
Carlos Albino
- Flagrante convicção: A de que, em matéria de publicidade na imprensa regional, há por aí suficientes indícios de favorecimento resvés a tocar no ilícito ou a pôr em crise as boas regras da livre concorrência. Nota-se à vista desarmada e pode vir a dar muito mau resultado.
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