Depois de seguir atentamente a audição parlamentar do majestático Manuel Pinho e de avaliar as prestações dos majestáticos deputados, nas matérias de turismo e de marcas, descansem que por este lado acabou. E acabou por este lado porque a sobranceria de Pinho, a subserviência dos apaniguados, e o tom belicosamente inconsistente da oposição em nada abonam os protagonistas.
Naturalmente que mantenho a crítica aqui feita à marca com uma abusiva brincadeirinha de palavra, de resto cópia não desmentida de outra brincadeirinha que até estava aparentemente falida mas ao nível do que servia e agora está à venda depois desta inesperada subida de cotação – Vejam no negócio que as brincadeirinhas dão num Algarve que já é cabo para toda a colher. Oxalá que esta brincadeirinha tenha sido a última, mas não foi a primeira, houve mais, como aquela da secretaria de estado em Faro muito ao género de como com papas e bolos se comem os tolos.
O politicamente sobranceiro Manuel Pinho é uma tristeza, como tristeza é ver a atroz e rastejante subserviência de deputados de uma maioria com os tiques de partido único (até já se auto-avaliam como colunistas roubando essa prerrogativa da avaliação que, numa democracia, compete à Imprensa livre e independente), e ainda tristeza é ver como a oposição é incapaz de consolidar argumentação com dignidade, serenidade e elevação. E como a sagesse de uns está para a sagesse dos outros, por este lado acabou.
Carlos Albino
Flagrante continuidade: As nomeações de filhos de amigos, compadres e cristas de galo para a grande escapatória de mordomias que é a das empresas municipais – lençol pequeno para ser tão esticado.
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