1. Não se entende, é que não se entende mesmo, como se chega a 2007 sem que haja um plano de emergência sísmico para o Algarve. Diz o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil que está a desenvolver «trabalhos relativos à caracterização do risco sísmico e de tsunamis para a região»… Ainda está a caracterizar o risco! Mas então o risco não é evidente, não está comprovado e não é previsível? Ainda é preciso caracterizar? Isto faz lembrar o helicóptero do Hospital de Faro.
2. O corte de 45 por cento nos fundos comunitários para o Algarve, aí está. E essa explicação do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Rui Baleiras, segundo o qual «se não tivesse havido negociação política a redução teria sido de 76 por cento» faz lembrar aquele homem que sentindo uma violenta e persistente dor de cabeça, deu uma fortíssima martelada no seu próprio crânio para que, com essa maior dor, deixasse de sentir a dor da causa real. E se Rui Baleiras deixasse de dar marteladas na cabeça dos algarvios, não seria mais sensato? Essa da «negociação política» ou é papas ou é bolos.
3. José Apolinário acaba de defender «uma maior celeridade» na criação da Região Administrativa do Algarve. Refere-se à celeridade do Governo em conceder tal dádiva, ou à celeridade da região em exigir e pressionar, organizando-se com maturidade política, assente num escol de políticos e recolocando credibilidade na Política?
Carlos Albino
Flagrante semelhança: entre o tal nefasto lema segundo o qual «Obedece e saberás mandar!», e o carreirismo político.
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