António Carneiro Jacinto assumiu publicamente querer candidatar-se à Câmara de Silves, depois da sua prestação, por muitos questionável, como adjunto de dois ministros dos Negócios Estrangeiros. E fez o anúncio declarando que não conta com apoios partidários, sendo estranho que o PS não lhe dê suporte à partida, e que a condição dos elementos para a sua equipa de trabalho é a de que sejam «menores de 45 anos», fasquia de que ele próprio se exclui, porquanto Carneiro Jacinto tem 55 anos (nasceu em Lisboa, a 7 de Setembro de 1951). Portanto, quem em Silves já tiver 45 anos e dois dias, por mais competência e seriedade que se lhe reconheça, que tire os cavalinhos da chuva - tivessem nascido dois dias antes.
Mas, para além do cabal esclarecimento de um antigo episódio fatal de Belém, e da justificação que Carneiro Jacinto possa dar para o facto de ter conseguido receber salários e abonos de Conselheiro na Embaixada em Paris trabalhando em Lisboa como adjunto nas Necessidades, até poderemos considerar que António Carneiro Jacinto (se, o que atrás se referiu, fosse esclarecido ponto a ponto) teria um bom perfil para Silves se conseguisse dissipar duas dúvidas.
Primeira das dúvidas, sobre as suas habilitações - Segundo o que no Anuário Diplomático se declara, António Carneiro Jacinto é «licenciado em Direito, pela Faculdade de Direito de Lisboa» e como licenciado se deixou oficialmente tratar desde Guterres a Freitas do Amaral. É mesmo licenciado?
E segunda dúvida, sobre a sua conversão ao Algarve - Carneiro Jacinto foi convidado, há largos meses, para se integrar como sócio na Casa do Algarve em Lisboa, mas recusou evadindo-se em reservas. Porquê este inesperado amor, agora, por Silves e Algarve de que Silves - desculpem os de Faro e Portimão - é o inegável e que deveria ser o palpitante coração histórico? Apenas agora e porquê?
Carlos Albino
Flagrante contraste: Em terra de turismo, continuar a não estar disponível o directório oficial dos cônsules honorários no Algarve, nos portais do Governo Civil, RTA e AMAL. Com todos os nomes, sem excepção.
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