21 Setembro 2006
Ficou-se a saber que a esmagadora maioria das câmaras municipais do País não respondem aos e-mails dos munícipes, e igualmente se tomou conhecimento de que por entre as câmaras relativamente mais bem comportadas nessa matéria não consta nenhuma do Algarve. Não espanta. É claro que, no caso das mensagens serem dirigidas a serviços municipais, a culpa ou a responsabilidade directa não será, à partida, dos presidentes ou dos vereadores eleitos mas dos assessores entalados por mordomia e dos funcionários, de alguns funcionários ou do algum género de funcionários – os chamados de costas quentes - que a administração local sempre teve emblematicamente e que acabam por determinar o género de Câmaras que temos. O mal, de resto, vem de cima – à excepção explicável do Ministério das Finanças, mais concretamente dos departamentos ligados aos impostos, quase nenhum responde a correio electrónico justificado que não provenha dos ministérios pares ou de instituições acima. No caso do Algarve, é verdade que não há câmara que não faça gala de uma página de autopromoção na internet nem mesmo junta de freguesia que não disponha de endereço electrónico. Mas, caro leitor, tente escrever expondo dúvidas, pedindo uma informação, apresentando uma reclamação ou formulando uma sugestão, que receberá a resposta na eternidade. A cunha e o tráfico de influências, isso, é rápido.
Carlos Albino
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Flagrante contraste: A interdição do funcionamento nocturno do heliporto do Hospital de Faro antes de uma morte, e o pedido para a permissão e a permissão dada para o funcionamento apenas depois da mesma morte.
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