14 Setembro 2006
As recentes histórias sobre o heliporto feito à toa no Hospital de Faro e sobre o deboche do Estádio do Algarve são apenas dois maus presságios para esta região porque são sinais de políticas de improviso, sem seriedade e aprumo. Mas a do Estádio do Algarve, apesar de não ter sido tão trágica como a do heliporto em part-time do hospital, é o cúmulo – as redes de uma das balizas com um buraco que obrigou a atraso do primeiro jogo oficial da época (com multa para o clube anfitrião), o relvado do campo numa lástima, o placar electrónico paralisado (é preciso pagar horas extraordinárias ao presumível técnico que não se sabe o que fará durante a quinzena), as bancadas sujas e imundas de uma ponta a outra... Para o conserto das redes valeu a perícia de um voluntário das bancadas embora a tarefa mais difícil tivesse sido a de encontrar um escadote naquele estádio que nasceu com o lema «Construímos vitórias» mas que a continuar assim poderá morrer com o epitáfio «Apenas não vencemos as mordomias». Nem vale a pena gastar mais espaço com delongas: a administração do empreendimento, das duas uma – ou explica bem as coisas deste deboche ou deve demitir-se por falta de escadote. O circo chinês foi há muito.
Carlos Albino
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Flagrante contraste: As cartas de condução «compradas» por tuta e meia pelos imigrantes na Ucrânia e em Cabo Verde, e o rigor das brigadas da GNR nos cruzamentos estratégicos.
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