25 Novembro 2004
1. Pugna. A primeira coisa que pode e deve ficar registada foi dita por Mendes Bota, agora de regresso à liderança do PSD/Algarve: «Queremos obter, finalmente, uma eleição directa por sufrágio universal para a Junta Metropolitana do Algarve. Esse é um objectivo político: mudar a legislação, para que dentro de poucos anos seja possível eleger o presidente da região do Algarve». Apesar de Mendes Bota reduzir a Regionalização a essa eventual eleição directa – como se a regionalização fosse apenas um sufrágio festivo, o que será o mesmo que exigir a uma banda filarmónica que seja orquestra sinfónica – essa promessa de pugna do regressado líder social-democrata é para registar. Daqui a algum tempo valerá a pena recordar…
2. Jamila. A segunda coisa para registo, enfim, é proveniente da eurodeputada do PS, Jamila Madeira que sugeriu e pelos vistos convenceu a Comissão do Desenvolvimento Regional do Parlamento Europeu – 51 elementos do PE presididos pelo espanhol Gerardo Quecedo, portanto com direito a festa especial em Vilamoura – para uma reunião no Algarve, até lá para Março. Muito provavelmente os eurodeputados terão tempo escasso para se comoverem com o facto dos critérios estatísticos virem a sacrificar o Algarve em matéria de apoios da EU (pelas estatísticas os Algarvios estão ricos!), certamente ficarão comovidos com o estado em que ficou a Serra do Caldeirão, reconhecerão por certo que a água escasseia, e maravilhados ficarão com os colonatos turísticos da beira-mar e pelas falésias fora. Mas é bom que os eurodeputados desçam à terra e que por ora se registe a intenção. Pouco antes de chegarem, diremos o bom e o bonito.
Carlos Albino
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