
Experiência autárquica. E claro, quando alguém ousa rememorar o passado, ele, o patife invoca que nunca foi condenado em tribunal. E será verdade. Primeiro porque ninguém apelou ou denunciou à Justiça, segundo porque, de política se trata, os partidos abafam e finalmente, os poderes públicos que fazem as leis não fiscalizam suficiente e eficazmente a aplicação das mesmas leis. Há sempre um compadre a interferir na fiscalização, um amigo bem colocado a obstruir o processo, um burocrata conivente a deixar andar as coisas até à prescrição ou arquivamento. A doutrina que se pode extrair da experiência autárquica no Algarve vai nesse sentido que é, afinal, um sentido de frustração do eleitor quando é confrontado com a ressurreição do patife de outrora. Chamemos-lhe o Senhor X. Sim, o Senhor X que não foi condenado mas toda a gente sabe... E porque é que ninguém denunciou? Bem as provas da corrupção activa normalmente ficam nas mãos do corruptor passivo. Ambos são coniventes e assim se estraga a política.
Carlos Albino
Sem comentários:
Enviar um comentário