24 Junho 2004
Não damos novidade a ninguém: as populações algarvias vivem, no dia a dia, num clima de insegurança generalizada e, de forma muito particular, nas zonas rurais. Multiplicam-se os assaltos a casas isoladas por esses montes, alguns com uma violência extrema; os arrombamentos de estabelecimentos comerciais já nem surpreendem e os roubos são mais que muitos. O criminoso já aprendeu de resto que compensa menos atacar um turista milionário mas incauto do que um casal de velhotes da serra a viver de pensões. Por isso, a esmagadora maioria das vítimas já nem participa às autoridades ou por descrença numa justiça que é lenta e lassa ou, em crescente número de casos, por receio de represálias, ou ainda, pura e simplesmente porque não pode participar… De resto, a presença das forças de segurança, mesmo em cidades e vilas, é escassa senão mesmo nula, nunca se sabendo com exactidão qual a origem dos criminosos e meliantes: se aventureiros vindos do outro lado da fronteira, se gente desesperada, clandestina e desenraizada do lado de cá, ou se é a droga que comanda. Será por certo um pouco de tudo isso à mistura, mas naturalmente que alguma coisa tem que ser feita e com urgência contra este estado de coisas, antes que o desespero das vítimas se organize e acabe por ser tão ou mais violento que o dos criminosos. Tem que haver Polícia em todo o Algarve e a GNR tem que ser GNR.
Carlos Albino
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