17 Junho 2004
Em Faro vai haver a mistura que é sempre perigosa entre Política e Cultura. Isso será quase inevitável, por mais que quem lidera o processo da Capital Nacional da Cultura, o Eng. António Lamas, se esforce. E admitimos que queira ou tenha mesmo que esforçar-se muito!
De qualquer forma, a mistura entre calendários da Capital da Cultura e das eleições autárquicas é um risco para todos.
José Vitorino, para já, deveria ter feito tudo para evitar esse risco – só lhe ficaria bem, resguardar-se-ia de suspeitas e até ganharia pontos.
Se tivesse havido a determinação política que não houve, a Capital da Cultura seria neste ano da graça de 2004 tal como foi inicialmente programado, e se, por outro lado, existisse uma genuína vontade de separar o trigo da Cultura do joio da política, o ano de 2006 seria mais aconselhável. Não seria pela espera de mais um ano que os políticos ganhadores ou perdedores das eleições farenses deixariam de ler mais um livro sem saltos de página, assistir a uma peça de teatro sem adormecerem ou ouvir um concerto sem abanarem a cabeça. Mas como o que foi decretado, decretado está, aí teremos Faro em 2005 de bem com a Cultura por amor da Política ou de mal com a Política por amor da Cultura.
Carlos Albino
1 comentário:
Desculpe mas.. o senhor é o Dr Carlos Albino que vive em Faro, na Penha?
Responda no meu blogue.
Abraço
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