27 Maio 2004
Sem excepção, os partidos têm a mesmíssima pose nessa matéria da Região do Algarve – estão agora à espera do longínquo decreto que vier lá de cima e que, se calhar, apenas virá no Dia de S. Nunca à Tarde.
Na verdade, quer o PS quer o PSD, sempre que estão no poder, prosseguem políticas centralistas, muito embora quando se revezam na oposição façam da regionalização uma bandeira ou um cavalo de batalha que rapidamente esquecem quando chega a hora de repartir o bolo do poder pelas clientelas até à última migalha. Honra seja feita a Macário Correia que ao tomar posse da presidência da Grande Área Metropolitana – que mesmo em matéria de descentralização é uma descentralização em pijama – lá se referiu à tal futura Região ou ao tal futuro decreto a vir lá de cima e nada mais.
Claro que não seria de esperar que os partidos dessem o apoio à criação de um fórum cívico ou de cidadania para, com abrangência e sem jogos de poder, imprimir dinâmica, participação e criatividade à ideia da Região – sim, qualquer coisa como um Fórum para a Região do Algarve, comprometendo escolas superiores, instituições independentes, personalidades... enfim, as forças que o Algarve tem, diz ou pensa ter. Confesso que esperava que o PS de Miguel Freitas desse uma arrancada agora que esse partido está livre de espírito, mas não deu.
Carlos Albino
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