20 Maio 2004
O discurso político é pobre.
Os líderes partidários ou não dizem coisa com coisa, ou quando dizem é em função de interesses, sobretudo os interesses de carreira política pessoal – tudo calculado numa espécie de jogo.
Quanto aos eleitos, então alguns, seria melhor que não abrissem a boca – há presidentes de juntas que já exibem como luxo uma mentalidade rasteira de mercearia; há presidentes de câmara cujo discurso está ao nível dos dirigentes partidários e por isso elogiam-se uns aos outros; e há deputados cujas manifestações secundárias de adolescência nem aos adolescentes deverá agradar.
Quanto aos técnicos, maior é o desalento – há arquitectos camarários que andam a brincar às palmeiras e repuxos nas cidades, há directores de bibliotecas que só falam de si próprios no que talvez tenham razão porque as câmaras e já agora os jornais, estão cheios de animadores culturais.
Na verdade, começo a não acreditar no Algarve e por um triz esta SMS não seria mesmo a última. E para que não digam que evito as palavras, pois aqui vão as palavras: o PSD tem muita culpa, o PS tem muito mais e no resto há brincalhões, brincalhões.
Carlos Albino
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