13 Maio 2004
1 – Sim, Gillian Ann Fox, de que nunca ouvi falar, quer instalar uma armazenagem 4480 litros de combustíveis na Foz de Oleleite (Castro Marim).
2 – Também Rainer Offermann quer armazenar 2500 litros de combustíveis numa dita Casa Lontona, no Vale do Milho (Lagoa).
3 – Igualmente Elvira Brunk requereu licença para armazenar 2500 litros de combustíveis no recôndito Sítio do Zambujal (Boliqueime).
4 – Mais, Andrew Ian Hogg almeja armazenar a mesma quantidade de 2500 litros de combustíveis no também recôndito Sítio do Malhão (Paderne).
5 – Finalmente, a firma Pierre Lamar Limited de que também nunca ouvi falar quer armazenar 2500 litros de combustíveis numa dita Vila Palmela, na Estrada do Garrão (Almansil).
Como manda a lei, a Direcção Regional do Algarve do Ministério da Economia fez publicar os editais em 30 de Abril pelo menos num jornal tão recôndito como os lugares dos combustíveis, dando o prazo de 20 dias para as reclamações por escrito, portanto até 20 deste mês. É óbvio que ninguém irá reclamar quase pela certa, até porque no Sítio do Zambujal e no Sítio do Malhão não há vivalma que possa reclamar, ou se há, tanto lhe faz. Mas reclama-se aqui.
Então, por um lado, andam os Municípios tão zelosos em erguer as suas zonas ou áreas industriais e, por outro lado, pinta-se o mapa com milhares de combustíveis aqui e outros milhares ali? Então, por um lado, anda-se a promover e a estimular o turismo rural, e, por outro lado, nas mesmíssimas zonas rurais e pelos respectivos caminhos rurais onde mal cabe um dois cavalos, plantam-se armazéns de combustíveis? O Director Regional do Ministério da Economia não reparou nas coincidências?
Um Algarve assim com tanto combustível armazenado não é um cartaz turístico, é um atentado suicida.
Carlos Albino
Sem comentários:
Enviar um comentário