quinta-feira, 13 de junho de 2013

SMS 517. Uma ideia, por exemplo

13 junho 2013

Há iniciativas que em nome do Algarve deveriam ou poderiam ser tomadas, sem grande dispêndio ou com dispêndio relativo, se não é que com saldo positivo. Há empreendimentos, designadamente na área cultural e por arrastamento na área da afirmação cultural da região, que poderiam chegar a bom porto sem subsídios estatais mas com o mínimo de entendimento, coordenação e pondo de lado a guerra de protagonismos provincianos.

Assim por exemplo, na Feira do Livro de Lisboa. Quem andou por ali entre 23 e de Maio e 10 de junho, por entre as dezenas de pavilhões das editoras, notou a presença da cultura dos Açores, um stand com as publicações editadas nessa região ou sobre essa região. E apesar de não exceder vinhos ou comes e bebes, lá estava o Ribatejo. Não nos alonguemos, mas isto para se dizer que seria perfeitamente possível um stand do Algarve onde se colocasse á disposição pública as obras editadas na região, desde as de escassas editoras privadas às publicações de câmaras, RTA, Universidade, tudo ou o mais possível. Não todas, mas algumas dessas publicações são de comprovado valor, desde livros de pesquisa a álbuns. Há matéria e há material para um stand, junto do qual, à semelhança de outros instalados na feira, poderiam ser também colocados à disposição pública produtos que nada têm a ver com livros mas que, com moderação, adoçam ou alegram qualquer leitura – doçaria e vinhos, entre outros.

Mas quem poderia concretizar tal ideia? A AMAL? A RTA? Câmaras isoladas ou em grupo concertado? Admito que seja difícil, embora não impossível. Mas seria extremamente fácil se houvesse recurso a um chapéu que desse cobertura a tal iniciativa em Lisboa exposta a centenas de milhares visitantes. Refiro-me à quase esquecida Casa do Algarve que outrora já foi tratada como a embaixada da região na capital, mas que, nos tempos que correm, embora viva dias de resistência, ainda terá muito para dar, desde que se queira e haja o tal entendimento e a tal coordenação. Os custos de uma tal iniciativa, repartidos proporcionalmente por todos, não seriam excessivos e é de crer que o saldo final revelar-se-ia positivo quanto a contas, para não se falar do lucro que isso representaria para a imagem da região. Não é coisa que esteja além do que promete a força humana.

Para isto, bastará alguém que diga aos outros interessados ou contagiados: “Mãos à obra!”

Carlos Albino
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Flagrante pérola esquecida por uns, desconhecida por outros: E por homenagem a António Rosa Mendes, leia-se um livro que nos deixou por legado - "Olhão fez-se a si próprio".  Lê-se como ficção, avança-se nas páginas como saga, não falta poesia, surpreende-se uma história local como se fosse metáfora da história universal. Leiam.   

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