quinta-feira, 8 de julho de 2010

SMS 370. A 125? Há seis anos ninguém ligou


8 julho 2010

Foi em 16 de dezembro de 2004 que a nossa mensagem curta n.º 84 trazia este título: Uma Avenida Metropolitana para todo o Algarve… Vai para seis anos, portanto. Confesso que tive a esperança de que a ideia fosse aproveitada por algum amante do Algarve mas sobretudo decisor ou influenciador, e secundada pelos amadores. Confesso que tive a vaga esperança de que os autarcas se mobilizassem, de que os dirigentes políticos assumissem a ideia, e de que, enfim, o Algarve se mexesse em vez se ficar à espera do trem e do sábado que vem. Mas não, ninguém ligou, e nem mesmo quando o governo avançou com a ideia da requalificação da 125, ninguém levantou um dedo, sabendo-se que tal requalificação não é da estrada mas sim requalificação de gabinetes de arquitetos, de engenheiros e de construtoras. Julgo que ninguém levantou um dedo porque toda a gente se acomodou na ideia de que a Via do Infante sem portagens era um dado adquirido e de que a Via do Infante continuaria até todo o sempre como a via rápida e única de travessia do Algarve, e até porque não houve político que tenha sido eleito ou nomeado para mordomia que não tenha feito essa promessa que alguns até entoaram como profissão de fé.

Justifica-se repetir esse apontamento de 2004, para que o leitor conclua:

Boa ideia, a que ouvi de Horácio Neves, o editor e director da Brasilturis (para quem não sabe, a maior publicação de turismo do Brasil). Estávamos a evocar José Barão e eis que ele salta com a proposta de se transformar a Estrada 125 que atravessa a Província Algarvia, numa avenida – precisamente a Avenida Metropolitana do Algarve. Na verdade, em muitos pontos, a 125 e derivados (os apêndices da 125 vão de 1 a 9) já não é mais nem menos do que ruas de comércio, trabalho e residência, movimentadas ruas às quais é crime chamar estrada. A ideia de Horácio Neves vem a matar e julgo que é uma daquelas ideias galvanizadoras, um projecto integrador de que o Algarve precisa como de pão para a boca e pelo qual vale a pena terçar armas. Os Municípios envolvidos – 12 dos 16 que integram a Área Metropolitana – se quiserem, podem concretizar a ideia não porque essa avenida venha a ser a maior da Europa mas porque retiraria o Algarve do beco onde possivelmente já está ou para onde caminha se não houver uma ideia salvadora. A transformação da 125 em Avenida pode ser um daqueles desígnios muito mais significativos do que D. Afonso III ter conquistado castelos aos mouros… Portanto, Macário Correia deve anotar isto na agenda. Deixemo-nos disso que caiu em folclorada do «Não às Portagens» e tratemos é desta boa ideia que, por tão boa, é a melhor resposta ao ministro António Mexia e ao senhor que se segue que não deve ser muito diferente do que o antecedeu. Está nas nossas mãos.

Recusar uma ideia destas tem perdão? Não tem. Ponham a mão na consciência.

Carlos Albino

    Flagrante refúgio dos bandidos: Reconhece-se agora abertamente que parte apreciável dos bandidos que assaltam, roubam e atacam, vêm de Espanha e que, depois de cada façanha, ao refúgio de Espanha retornam. As autoridades de um e do outro lado, sabendo disto, não agem? Ou será que as queixas de um lado não comovem o outro lado?

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