quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

SMS 192. Prémio SMS de Jornalismo: João Prudêncio

11 Janeiro 2007

E mais uma vez, no dia dedicado aos Magos, a decisão tornou-se inapelável: o Prémio SMS de Jornalismo 2006 foi atribuído ao Jornalista João Prudêncio, responsável pelos serviços noticiosos da Agência Lusa no Algarve. Ponderado, criativo, intelectualmente inquieto e incapaz de vender a alma por qualquer dessas mordomias caladas que minam como cancro a comunicação social, João Prudêncio é um jornalista de fibra, acutilante, e fez-se algarvio por opção porque o algarvio não nasce, faz-se quando o quer ser – muitos nascem isso mas desfazem o que com eles parecia ter nascido. Além disso, com a atribuição deste prémio ao Jornalista João Prudêncio sugere-se também um reconhecimento aos serviços noticiosos regionais da Agência Lusa, quer os serviços de texto quer os de reportagem fotográfica. Na verdade, alguém que saiba a sério e não a brincar fazer um jornal, mesmo que estivesse na Antárctica, isolado naqueles catorze milhões de quilómetros quadrados que rodeiam o Pólo Sul, apenas com a Lusa faria um jornal de distribuição gratuita para os pinguins, e sem Lusa os pinguins tornar-se-iam relutantes à leitura e possivelmente mais iliteratos do que são e mais longe dos acontecimentos ao pé da porta do que deveras estão. Mas, aparte este pormenor que gela a alma, a honra e a homenagem vai para João Prudêncio que se tornou num jornalista de fibra.

João Prudêncio junta-se assim a Carlos Branco (2006) e a Idálio Revez (2005) na lista de premiados, que não é muito grande mas já comporá melhor a mesa para um confirmado almoço com o Governador Civil de Faro, António Pina, havendo justificadamente lugar para o Presidente da Câmara de Faro, José Apolinário, e para o Reitor da Universidade do Algarve, João Guerreiro, sendo a comida apenas um mero intervalo - o importante será debater-se a situação do jornalismo profissional no Algarve que continua a não ser brilhante.

Carlos Albino

Flagrante contraste: Jornais fecharem ou na corda bamba no pavor do fim do porte pago e a arte do dinheiro que faz proliferar os jornais de distribuição gratuita ou que ainda têm preçário para enganar a vista.

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