
Na prática, e para não gastar nem muitas palavras nem muito espaço, essa coisa foi apenas uma pequena agenda cultural do tamanho, qualidade e comparável à agenda cultural da Câmara de Cascais para 2005, ficando muito aquém da agenda cultural da Câmara de Oeiras, para não citar as agendas de Matosinhos, Póvoa do Varzim e Vila Nova de Gaia.
Essa coisa não resgatou Faro (o que é isso de resgate? Faro foi feita refém no Iraque da Cultura Portuguesa?), e muito menos poderia resgatar a «Região do Algarve» pois a Região do Algarve não existe e não vale a pena cultivar equívocos. Além disso, duvido que os projectos culturais existentes em Faro e no Algarve tenham ficado a dever alguma coisa a essa coisa, e, finalmente, quanto a essa também coisa de «projectar nacional e internacionalmente» a cidade de Faro e a região do Algarve, não digo que dê vontade de rir mas dá vontade de ter piedade porque pelo provincianismo e apenas se pode ter piedade.
É claro que Faro merecia e o Algarve também merecia que Faro tivesse merecido uma Capital Nacional da Cultura cujo merecimento fosse mais do que presunção e água benta.
Carlos Albino
P.S.: É bom lembrar que no dia 6, Dia de Reis, será atribuído o Prémio SMS de Jornalismo ganho em 2004 pelo Jornalista Idálio Revez.
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