quinta-feira, 15 de setembro de 2005

SMS 123. E não se sai daqui

15 Setembro 2005

Um, tal como outros sete, diz que pretende «consolidar a mudança»; outro, tal outros cinco desta ou daquela maneira, apela a que o deixem «realizar o que o tempo não permitiu»; todos os que estão na oposição local garantem que «nos últimos quatro anos a terra parou» enquanto os que estão no poder asseguram que nesses mesmos quatro anos foi o progresso e que nunca se fez mais pela terra. E não se sai daqui, a não ser nos casos em que, por inspiração do marketing político balofo dos anos 90, quem está na oposição julga que o simples lançar do desafio de um «debate directo» com o adversário principal para discutir os problemas da terra, lhe dará votos acrescido. Não há uma ideia grande, um golpe de asa, uma posição firme e clara da terra no Algarve e sobre o Algarve implicando à terra. Até agora, apesar do adorno de inaugurações forçadas – algumas até afrontosas - o debate autárquico no Algarve tem sido pobre e duvido que enriqueça muito mais até ao sufrágio de Outubro, a começar pela referência «regional» que é Faro a que tem faltado um líder com cabeça, tronco e membros, que imponha um protagonismo político da cidade no País já não digo no nível de Lisboa ou Porto, mas pelo menos no de Coimbra, Évora ou mesmo Aveiro. O populismo e o voluntarismo que José Vitorino usa como instrumento de sobrevivência, não chega para isso e a repetir o que se lhe ouviu na televisão, Faro está a ter o destino do Farense: até perde em Lagoa por falta de comparência, além de nem ter dinheiro para tomar o autocarro para o Estádio Algarve.

Carlos Albino

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