8 Setembro 2005
A atravessar uma crise profunda – que não é só económica, é sobretudo cultural, moral e social – os líderes de partidos no Algarve cruzam os braços e se abrem a boca dizem o óbvio, o trivial ou então cumprem o seu papel de poder ou de oposição certamente para Lisboa receber os atestados das fidelidades. Das bandas do PSD, é certo que
Mendes Bota vai dizendo umas coisinhas mas que não pegam ou pelos menos não pegaram até agora e
Macário Correia do palanque que dispõe na chamada Junta Metropolitana, enfim, fala da água e pouco mais, desconhecendo-se se esta falácia da região já tem hino e música. Das bandas do PS,
Miguel Freitas é como a Lua nas noites de eclipse parcial – vê-se o recorte, e quanto aos deputados (
Cravinho, o que é isso?), nada sai que o noticiário político se sinta na obrigação de registar. O PCP algarvio tem diferença específica mas não tem peso e o Bloco ganhou algum peso mas não possui diferença específica. Claro que há líderes regionais porque cada partido tem que os ter estatutariamente, portanto líderes por inércia. E vendo bem as coisas, foi sempre assim no passado recente – grandes nomes em que Lisboa sempre acreditou serem líderes do ou no Algarve, afinal nunca passaram de balões cheios de ar. Não admira que hoje tenhamos muito ar a encher balões.
Carlos Albino
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