quinta-feira, 1 de setembro de 2005

SMS 121. Então, foi assim na Ilha de Tavira

1 Setembro 2005

Pelo segundo ano consecutivo, fiz de protector civil na Ilha de Tavira para que os bombeiros não tivessem por certo algum grande trabalho. Costumo visitar, a meio de Agosto, amigos que não trocam nada deste mundo por uns dias naquele paraíso e que se instalam em casa certa. No ano passado, era já noite, não hesitei em dirigir-me a um grupo de jovens já entradotes que atiçavam um enorme fogo na orla do pequeno pinhal, com labaredas a tocar os ramos das árvores. Este ano a cena repetiu-se, também à noite, ainda mais dentro do pinhal, mas não sei se os irresponsáveis eram os mesmos de 2004 ou diferentes, sendo todos iguais. E nem tiveram trabalho para levar carvão – partiram uns ramos de árvores, puxaram fogo e estavam à espera que as labaredas abrandassem para chamas e estas para brasas, aparentemente para o preparo de uma sardinhada como se aquilo fosse o catamarã de Vilamoura. Mas se no ano passado, o grupo acatou a advertência, este ano assim não foi e, por pouco, o caso não deu para o que imaginam – mas o fogo terminou à força. Ora, como todas as histórias devem produzir alguma moralidade ou ensino, aqui segue a conclusão: um incêndio na Ilha de Tavira pode fazer jeito a alguém.

P.S.: Macário, faça o favor de colocar a protecção civil na sua estimada ilha. Sobretudo à noite. Não aguarde pela surpresa.

Carlos Albino

Sem comentários: