16 Outubro 2003
A entrevista que o advogado e presidente do CDS/Algarve, José Plácido dos Santos deu a Pedro do Carmo (Algarve Região) é a todos os títulos notável. Sabe-se que, por mero preço de uma coligação que nada tem a ver com a realidade política e até com a entidade do Algarve, foi «distribuída» a José Plácido dos Santos uma das vice-presidências da CCDR, tal como nos casamentos do monte, e, com toda a desfacatez, o homem não vê incompatibilidade nenhuma seja com o que for. Confrontado com os exemplos de Carlos Martins que abandonou a liderança do PSD/Algarve quando assumiu o cargo de Secretário de Estado da Saúde ou de Miguel Freitas que abandonou a CCR quando se candidatou à liderança do PS/Algarve, José Plácido dá uma resposta catita: «O problema não está nos cargos, está na isenção com que são desempenhados». Isenção, vejam. E confrontado com a sua ligado à interesses imobiliários, José Plácido, também catitamente, exara: «É difícil arranjar um advogado no Algarve que não tenha clientes que não tenham interesses imobiliários». Isenção, claramente, sendo a CCDR o que é para o que é. Por isso e por aí, também não haverá incompatibilidade, segundo o evangelho de Plácido. Na verdade, este José Plácido é uma típica figura de uma CCDR que (re)nasce mal: partidarizada e de costas voltadas para a ética política. Voltaremos ao assunto.
Carlos Albino
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