26 Junho 2003
Não é líder quem quer, mas sim quem tenha uma ideia salvadora ou que, para esse golpe de asa, conte com o apoio de um escol ou uma elite de pensamento, e, sobretudo, quem nas coisas sérias não faça rir. Pelo cimo dos partidos no Algarve temos visto desfilar ora uma gente cinzenta que é a cor do oportunismo, ora, com mais continuidade, uns apenas funcionários da política, zelosos mas criptogâmicos*, ora ainda – fugazmente como os cometas - uns indivíduos para quem a liderança não passará da pura afirmação do seu ego desde o Guadiana até ao Promontório de Sagres passando pelo Coiro da Burra. Daí que, por muito que nos custe, o Algarve não tem uma estratégia assumida e mobilizadora (depende das tácticas, como o turismo, por exemplo) porque também não tem elites de pensamento, não tem escol e não tem líderanças e líderes a sério. Tomar-se consciência disto já é bom começo para um futuro diferente. O que requer a humildade de que cinzentos, funcionários e cometas estão desprovidos.
* Incapazes de criar
Carlos Albino
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