quinta-feira, 3 de março de 2011

SMS 402. De novo a região-piloto...

3 março 2011

Não é difícil perceber que, neste momento de afogadilho, a regionalização não se afigura como coisa prioritária aos olhos do cidadão comum. A discussão dura há 35 anos e já deu para verificar que a regionalização é bandeira agitada quando se almeja tomar conta das rédeas do poder central mas que rapidamente a mesma bandeira é colocada a meia haste, ou mesmo dobrada no armário dos símbolos a evitar, quando esse poder central fica nas mãos. Além disso, para o quadro ficar melhor pintado, aqueles mesmos que, por via de ténue descentralização ou de mera desconcentração de pequenos poderes deveriam ter provado as vantagens da administração de proximidade e nesse sentido exercido pedagogia, antes pelo contrário, arvoraram-se em chefes de esquadra desmedidos, ridículos e ciosos das mordomias que usufruíram com ares de ministros de segunda, ou mesmo até em alguns casos lamentáveis por aí começaram a desfilar como títeres locais de novo tipo e com seu chicote provinciano próprio de telenovela importada do nordeste, desacreditando pouco a pouco a bondade da regionalização e colocando-a na categoria mental dos conceitos que são de temer. Em todo o caso, a regionalização é assunto que por aí está a ser retomado com a sugestão de se ir devagar, devagarinho, e de se começar o processo com uma ou duas regiões-piloto, com a do Algarve naturalmente à cabeça. A vingar a ideia, volta-se assim à estaca zero e, diga-se de passagem, voltar à estaca zero 35 anos depois, já é um grande avanço... Mas duvido que a ideia ganhe o necessário consenso – as mordomias ficariam reduzidas a metade e isso pesa, aliás, é o que tem pesado desde há 35 anos.

Carlos Albino
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     Flagrante lógica: Pelo que se sabe, obviamente que António Pina deveria regressar à chamada Entidade Regional de Turismo do Algarve...

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