3 Fevereiro 2005
De modo geral. Ou pelo inesperado, ou pela pressa ou ainda por esse critério peregrino das quotas (a única quota deveria ser a da competência e a da coerência, independentemente do género), as listas são de modo geral fracas e, pontualmente, até há nomes absurdos, o que numa Democracia que já devia ser adulta e madura é inaceitável. Há os falas-barato, há os empregados políticos de carreira, há os desligados da Província com reputados demagogos pelo meio, e há também os espíritos de vingança. Mais do que nunca, Lisboa olha para o Algarve como se a Província estivesse condenada a ser a nova Costa da Caparica da capital e, por dois meses, vá lá, um salão de estética a céu aberto para bronzeamento dos genuínos e únicos portugueses que como se sabe nasceram praticamente todos no Norte, a acreditar no que dizem todo o ano e a gente lê, ouve, até aceita e acolhe. Admito que a explicação para isto tenha sido o inesperado, a pressa e as quotas. Admito também que isto foi possível porque para quem sabe que vai ganhar conta mais com o demérito de quem vai perder do que com a exigência do mérito a si próprio, e para os quem sabem que vão perder conta mais os lugares seguramente elegíveis do que a própria Província.
Carlos Albino
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