quinta-feira, 25 de agosto de 2005

SMS 120. Tempos difíceis

25 Agosto 2005

A juntar a tantos males, já esperava que, mais dia, menos dia, o Banco de Portugal revelasse o que em círculos restritos se comentava desde há um mês: as câmaras municipais, no primeiro semestre deste ano, apresentavam um défice de 174 milhões de euros. Em qualquer democracia, essa notícia provocaria um enorme debate público. Aqui, na terra dos expedientes, não – e seria impensável que o Algarve fugisse à regra, mais: ninguém se preocupa e muito menos se discute, com seriedade e sem folclore, a situação financeira de cada uma das nossas 16 câmaras algumas das quais, apesar do montante dos empréstimos obtidos por processos quase virtuais (Oh! Se o Banco de Portugal descobre!) dissimulam o mal como se nisso houvesse um entendimento tácito entre quem está no poder e quem está na oposição. Se calhar, há. Para o cidadão, para os munícipes, os tempos são difíceis, para já, de entender.

P.S.: Naturalmente que, algum dia, vamos falar da Capital Nacional da Cultura. Temos tempo e não nascemos ontem.

Carlos Albino

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