quinta-feira, 21 de abril de 2016

SMS 663. Dez coisas que poucos desejariam

21 abril 2016

Sim, há Liberdade. Mas há dez coisas que poucos, muito poucos desejariam voltar a ver, ou que se instalassem como que por geração espontânea:

1 – Que o Algarve, com marretada daqui e marretada dali, perdesse identidade. E nessa perda, também as suas terras, as suas instituições regionais, cada vez mais instituições pessoais e de grupo.
2 – Que a Administração pública (local e estatal) acolha os cidadãos, seja nos reparos injustificados, seja naqueles onde a razão impera, sem as regras da civilidade, do respeito e da prestação de ajuda. Há muito chefe sem chefia para tão pouco índio que se afoita.
3 – Que fosse possível fazer experiências com extração de petróleo, numa zona fortemente sísmica, ou, a fazer, pelo menos com debate e esclarecimento público claro, aceitável e credível.
4 – Que os deputados, no seu conjunto, não deputem como deviam deputar.
5 – Que as Assembleias eleitas (municipais e de freguesia) não fossem as casas da participação coletiva, do escrutínio, e da presença constante dos eleitores cada vez mais conformados no papel de marionetas eleitorais, contaminando com esta doença teatral os próprios eleitos, ou por medo ou por conveniência. Raramente são motivos de notícia, como deviam ser sempre.
6 – Que as Escolas não fossem assumidas como instituições de excelência, e conferindo às suas direções a dignidade de tratamento adequado.
7 – Que fosse possível, em 2016, um Algarve com profundo défice informativo.
8 – Que a rede de Bibliotecas Públicas esteja cada vez mais próxima não da literacia mas da iliteracia.
9 – Que a sinalética do Algarve, no Algarve e sobre o Algarve seja uma completa desgraça, designadamente quanto ao património e às centralidades da região. Até estava melhor no tempo dos mouros.
10 – Que não nos calemos, porque ainda falta a agricultura, a Universidade do Algarve (que Faro trata como enclave), os dinheiros europeus, os projetos, os portos… mais 72 coisas pois os sonhos foram mais que dez e os desapontamentos mais que 120.

Carlos Albino
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Flagrante declaração: Gosto muito da Andaluzia. Devia haver mais ligação em todos os aspetos. E quem precisa não se deve fazer rogado.

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